Fórmula 1 - GP Interlagos (1991)

Na semana que antecede o Grande Prêmio de Fórmula 1 em São Paulo, nada mais justo que prestar uma homenagem ao grande Ayrton Senna e sua primeira vitória no Brasil. E se Felipe Massa acha difícil ser campeão estando sete pontos atrás de Lewis Hamilton, talvez o piloto devesse inspirar-se na façanha de Senna naquele ano de 1991.

Naquele tempo, a prova em Interlagos era apenas a segunda da temporada, logo não era a corrida do título,. Entretanto, o que Ayrton Senna fez na pista foi memorável e merece seu lugar entre os clássicos do esporte. Além de vencer a prova de ponta-a-ponta, o tricampeão teve sérios problemas mecânicos na sua McLaren ao longo da corrida. Logo na metade da prova ficou sem a quarta marcha, o que já não é nada bom quando se tem as Williams de Nigel Mansell (e mais tarde Ricardo Patrese) na sua cola.

A coisa ficou ainda mais feia nas últimas sete voltas do GP, quando Senna perdeu também a segunda, a terceira e a quinta marcha. Restou ao brasileiro dirigir o resto da corrida com a sexta marcha, o que lhe obrigou a um tremendo esforço físico, segurando o carro no braço. O desgaste pôde ser visto depois da bandeirada final. Esgotado, Senna foi levado ao pódio no carro dos fiscais , e mal conseguiu levantar o troféu e a champagne.

Nessa entrevista para a rede Globo, após a corrida, o piloto explica melhor o que aconteceu ali no cockpit da McLaren. Vale a pena dar uma olhada.


O vídeo, com pouco mais de uma hora, mostra a prova na íntegra. Infelizmente vou ficar devendo a vibração de Galvão Bueno e o tema da vitória ao final da corrida. A gravação é uma transissão da ESPN norte-americana e está toda em inglês, deixando muito a desejar no quesito emoção.

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Arquivo: 498 mb (divididos em três partes)
Resolução: 640 x 432
Idioma: Inglês
Duração: 1h09

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Roger Federer x Pete Sampras Oitavas-de-final de Wimbledon 2001

Dois dos melhores jogadores de tênis de todos os tempos, Roger Federer e Pete Sampras se enfrentaram apenas uma vez em competições oficiais de ATP. E foi nesta única partida válida pelas oitavas-de-final de Wimbledon que o jovem suiço de 19 anos escreveu na quadra inglesa o primeiro capítulo de uma vitoriosa carreira no tênis.

De bandana branca e rabinho de cavalo, o adolescente Federer fazia sua estréia na quadra principal de Wimbledon, enquanto o norte-americano aos 29 anos já acumulava sete títulos em no torneio, o que lhe colocava na lista de maior vencedor na grama inglesa na era Open.

Sem aparentar qualquer nervosismo, o teenager Federer (15° no ranking da ATP no momento) mostra-se à vontade no mais antigo torneio de tênis do planeta e contra o número um do mundo, usando e abusando do saque-voleio que consagrou o veterano norte-americano. A partida se arrasta por cinco sets e cerca de 3h30 minutos, com pontos fantásticos e set points salvos em momentos cruciais. Após a surpreendente vitória contra Sampras, por 3 sets a 2 (7-6, 5-7, 6-4, 6-7, 7-5), o suiço perderia a partida seguinte para Tim Henman.

Para alguns a partida representa de alguma forma a mudança de reinado no tênis mundial. Sai Sampras, uma lenda consagrada, para a entrada do jvem e promissor Federer. Os anos seguintes só provaram que esta análise não está de todo errada. Ali mesmo, em Wimbledon, o suiço viria a ganhar cinco títulos entre 2003 e 2007, perdendo somente este ano para o espanhol Rafael Nadal, mas este é um clássico para outro post.

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Arquivo: 1,68 gB (em 19 partes)
Idioma: inglês
Duração: 3h41min

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Muhammad Ali x George Foreman 30 de outubro de 1974

Se você perguntar sobre esta luta para qualquer pessoas que goste de boxe, certamente vai ouvir que ela foi uma das maiores de todos os tempos, se não a maior. Além de reunir duas lendas do boxe, a decisão do título dos pesos-pesados entre o campeão George Foreman e o desafiante Muhammad Ali foi também uma das maiores zebras do esporte.

Aos 23 anos de idade, George Foreman não parecia em nada essa figurinha rotunda que hoje vende churrasqueiras de apartamento na TV. Ele era o atual campeão mundial, após derrubar ninguém menos que Joe Frazier. Era o mais jovem boxeador a tornar-se campeão mundial e no momento dessa luta tinha um histórico de 40 vitória, sendo 37 por nocaute. Os dois únicos lutadores que derrubaram Ali caíram diante de Foreman em menos de dois rounds. O cara era um fenômeno, uma máquina de bater temida por qualquer lutador da época.

Muhammad Ali, por sua vez, tinha 32 anos e este era apenas seu terceiro confronto desde que voltara a lutar. Após recusar-se à lutar no Vietnã, ele perdeu o cinturão de campeão mundial e foi suspenso indefinidamente do boxe. Suas duas lutas de retorno, entretanto, foram bastante decepcionantes e alguns jornalistas chegavam até a temer pela saúde do ex-campeão.

O desafio contra Foreman aconteceu mais por jogada marqueteira de um jovem empresário chamado Don King, que organizava então sua primeira grande luta. Com a ajuda financeira do ditador do Zaire, Mobutu Sésé Seko, Don King levou o desafio para Kinshasao, onde ganhou o apelido de "Rumble in the Jungle".

Mas para muitas pessoas, naqueles períodos de luta pelos dieitos civis e muita tensão racial nos EUA, um embate entre Ali e Foreman não era somente uma decisão entre dois atletas. Lá estava um negro que, sob a orientação religiosa dos Black Muslims (uma seita que pregava muito mais o conflito que o diálogo) optou por não lutar na Guerra do Vietnã, contra outro negro, muito mais bem visto pela tradicional sociedade branca norte-americana e representante do establishment.

A luta em si, foi uma verdadeira aula de boxe lecionada por um velho mestre ao pupilo desobediente. Ali era extremamente técnico e inteligente. Sabia que Foreman era um touro selvagem e havia ganhado a grande maioria de suas lutas nos primeiros rounds. O que teria que fazer era aguentar alguns longos minutos de artilharia pesada, para depois lutar contra um adversário exausto.

Já sem o mesmo jogo de pernas que em outros tempos o faziam "dançar como uma borboleta e atacar como uma abelha", Ali tratou de fazer aquilo que todos evitavam quando subiam no ringue contra Foreman: encostou-se nas cordas e chamou o campeão para a luta. No vídeo, um programa da televisão espanhola (que no final ainda mostra os melhores momentos da luta que deu a Ali o título mundial contra Sonny Liston), pode-se ver como ele encosta nas cordas, protege-se como pode e usa a sua envergadura para minar Foreman com jabs. No quarto round, visivelmente cansado, Foreman vê seu algoz fugir das cordas e começar o ataque, primeiro verbal, na forma de provocações, depois físico, em fortes e precisos golpes.

Carismático, Ali havia ganhado a simpatia do povo do Zaire ao longo dos dias anteriores à luta e no ginásio o povo entoava o famoso "Ali, bumaye!" (Ali, mate ele!) quando no oitavo round, uma série de golpes levaram um esgotado George Foreman à nocaute. O mundo todo consagrava o falastrão Ali, que ainda faria outras lutas memoráveis com Joe Frazier.

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Arquivo: 636 mb
Idioma: espanhol
Resolução: 418 x 288

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Brasil x Suécia Final Copa do Mundo 1958

Em junho deste ano comemorou-se os 50 anos da primeira conquista brasileira em Copas do Mundo, portanto, nada mais justo queno primeiro post sobre futebol, disponibilizar na íntegra a final da Copa de 1958, na Suécia.

Após derrotas em cinco Copas anteriores, incluindo o traumático vexame no maracanazzo de 1950, o Brasil supera a "síndrome de vira-lata" e vence os anfitriões por 5 a 2. Assistir a partida por completo dá a oportunidade de ver algo além dos repetitivos videotapes que costumam ser exibidos quando se fala no título mundial de 58. A qualidade do vídeo é surpreendentemente boa para um documento desta época e muitos dos jogadores que estão ali em campo tiveram muito pouco de sa carreira registrada em vídeo. Djalma Santos, Vavá e Didi realmente se destacam tecnicamente dentro da equipe, que ainda conta os lendários Pelé e Garrincha.

Está tudo ali em campo. Um Pelé franzino e até um pouco desengonçado, aos 17 anos de idade. Dá pra ver também o futbol de Garrincha, e entender o porquê de sua fama como maior ponta-direita de todos os tempos. De fato, ali naquele jogo ninguém executa dribles como Mané. Em todas as bolas que chegam ao seu pé, o "anjo das pernas tortas" procura a linha de fundo, e em geral consegue fazer o cruzamento para dentro da área. Foi dessa jogada, inclusive, que saíram os dois primeiros gols do Brasil, que reverteram a vantagem de 1 a 0 dos suecos.

O início do segundo tempo Pelé faz um golaço. Você já viu e com certeza vai se lembrar do lance: bola cruzada da lateral esquerda, o Rei mata no peito dentro da área, aplica um lençol no segundo zagueiro da Suécia e completa para as redes, para delírio do narrador. Eu não entendo nada de sueco, mas dá pra perceber claramente o deslumbramento com o gol de Pelé. Ele marcaria também o último gol, em uma trombada com o zagueirão que o deixou estatelado em campo. Pura cera. Assim que o árbitro apita o final do jogo, o Rei cai aos prantos nos braços dos colegas.

O início do vídeo contém uns 6 minutos de uma reportagem sobre a vitória da Suécia sobre a Alemanha Ocidental (3 a 1, de virada). Nota-se também que a chuva castigou os gramados suecos durante a Copa e em determinado do vídeo funcionários tentam retirar a água com esponjas.

O final do vídeo também é possível ver a comemoração brasileira e o capitão Bellini levantando a taça Jules Rimet.

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Arquivo: 1.433 mB ( divididos em 14 partes)
Idioma: sueco, provavelente
Resolução: 576 x 432

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EUA x Croácia Final Olimpíadas Barcelona-92

O primeiro post é sempre importante. É ele que vai deixar a impressão inicial do que vai ser isso aqui mais para frente. Por isso escolhi esse jogo para a estréia do blog.

A final dos Jogos de Barcelona-92 foi um divisor de águas no basquete mundial. Antes dessa Olimpíada, profissionais (pelo menos os da NBA) eram proibidos de participar de competições organizadas pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), os Jogos Olímpicos eram uma dessas comeptições..

Em 1992, entretanto, a regra deixou de valer e os EUA trataram de montar uma equipe que iria entrar para a história. Michael Jordan, Larry Bird, Magic Johnson e cia formavam uma equipe que venceu todos os seus adversários por mais de 30 pontos de diferença, incluindo o Brasil de Oscar Shmidt (127 x 83).

Para se ter uma idéia do que ela aquele time, na eleição dos 50 melhores de todos os tempos da NBA, dez faziam parte do Dream Team. Apenas o jovem Christian Laettner (recém draftado de Duke) e o preciso Chris Mullin, ficaram de fora.

O Dream Team representou uma espécie de abertura da NBA para o mundo, e hoje cada vez mais jogadores internacionais se destacam nos times da liga. Vale a pena dar uma olhada em Drazen Petrovic, croata e um dos primeiros atletas a jogar na NBA (destacou-se pelo New Jersey Nets), mas que teve a carreira encerrada em 1993, quando morreu em um acidente de carro na Alemanha, e também Toni Kukoc, então magro e com cara de moleque. Kukoc ainda não havia se transferido para o Chicago Bulls, time onde se tornaria campeão ao lado de Jordan.

O primeiro tempo termina até bastante equilibrado, com a Croácia liderada pelas suas duas estrelas. Mas a defesa, os contra-ataques rápidos, o volume de jogo e a quantidade de reservas de altíssimo nível dos EUA fizeram a diferença no segundo tempo.

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Arquivo: 983 mB (divididos em seis partes)
Idioma: espanhol (transmissão TVE Espanhola)
Resolução: 720 x 576

Download:
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Apito inicial

Está valendo...
A idéia aqui é colocar à disposição para download jogos na íntegra de grandes partidas da história do esporte. Grandes decisões, zebras, finais de campeonato, as lendas em seu auge, o que seja. Claro, não apenas "jogos", mas também corridas, lutas, etc.

Críticas, sugestões e dúvidas, é só clicar nos comentários.